Um descarte consciente também faz parte de um uso que seja racional. A forma inadequada prejudica tanto a saúde humana quanto a do meio ambiente, como a poluição de rios, lagos, interferindo diretamente na água potável que consumimos. A forma incorreta também pode gerar alterações hormonais em peixes e em toda vida aquática, além de contaminar plantas, solo e consequentemente, os alimentos que consumimos.

O estudo realizado pela Faculdade de Saúde Púbica da USP,  interior de São Paulo, detectou resíduos de medicamentos e cafeína na água que abastece a população. As amostras foram coletadas em uma estação de tratamento, e mostraram a presença de fármacos nas águas que são usadas como fonte para o consumo humano. A substância mais encontrada foi a carbamazepina, que é um medicamento usado para tratar epilepsia e dores neuropáticas, portanto, mesmo em pequenas quantidades, esses compostos podem causar impactos diretos a nossa saúde e a saúde do ambiente.

Hoje, os números são alarmantes. De acordo com um relatório da Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado Federal, cerca de 14 mil toneladas de medicamentos perdem a validade todos os anos no Brasil, sendo sua grande maioria, descartada de maneira inadequada.

Sua preocupação com este tema é essencial, para que juntos, possamos mudar o destino dos medicamentos descartados. Procure um ponto de coleta autorizado e contribua para a preservação da nossa saúde.

Géia, você saudável e seguro, é a nossa meta!

 

Luana Gabrielli do Carmo Vieira  - Farmacêutica - CRF: 125458

 

Referência:

FERREIRA, Ivanir. Resíduos farmacológicos são encontrados em água destinada ao consumo humano. Jornal da USP, 20 abr. 2021. Disponível em: https://jornal.usp.br/ciencias/residuos-farmacologicos-sao-encontrados-em-agua-destinada-ao-consumo-humano/. Acesso em: 7 out. 2025.