A vacinação, de uma forma geral, tem como objetivo diminuir o número de casos graves e como consequência, diminuir ou bloquear a cadeia de transmissão. Uma vez que a porcentagem da população com esquema vacinal completo aumenta, menor é a transmissão e, consequentemente, menor é a chance do surgimento de novas variantes.

Basicamente, ao sermos vacinados por qualquer vacina, o nosso organismo cria células de defesa, essas células podem ser tanto aquelas criadas rapidamente para nos proteger, quanto aquelas que geram uma espécie de memória no nosso corpo, nos permitindo reconhecer a infecção toda vez que o microrganismo entrar em contato conosco.

O problema é que essas células de “memória” vão reduzindo com o passar do tempo, principalmente nas pessoas mais idosas ou naquelas mais imunocomprometidas. E é para isso que as vacinas de reforço servem, para aumentar o número da população das células de memória e permitir que os anticorpos que elas produzem para nos proteger sejam mais fortes ainda do que eram anteriormente.

O uso de três ou quatro doses tem o principal objetivo de diminuir a quantidade de casos graves e o número de hospitalizações por Covid-19, e não de fato, ser a cura para esta infecção.

A necessidade de manutenção das ações contra o coronavírus, como o uso de máscaras em locais públicos e com outras pessoas, evitar aglomerações e higienizar sempre que possível as mãos, evitando tocar nos olhos, boca e nariz, vai ser mais necessária do que nunca, porque o uso de doses adicionais pode trazer a falsa sensação de segurança, gerada por uma interpretação inadequada do objetivo da aplicação desta vacina. Por todas estas razões, não devemos reduzir nossos cuidados, ainda precisamos muito deste comportamento coletivo de empatia, de proteção pessoal e ao próximo, para vencermos esta batalha.

Procure fazer a sua parte.

Géia, você saudável é a nossa meta!

Redigido por Enf. Luana Mouras – COREN-SP 441219