Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria, em parceria com o Conselho Federal de Medicina, organiza nacionalmente a campanha do Setembro Amarelo, que visa trazer visibilidade e conscientizar a população para a prevenção de suicídios, neste mesmo mês, no dia 10, é comemorado oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

Por ano, são registrados cerca de 12 mil suicídios no Brasil e mais de 1 milhão no mundo todo, principalmente entre os jovens. Listamos abaixo alguns fatores de risco e sinais de alerta que podem fazer com que evitemos que esses números continuem se elevando:

  • Transtornos mentais:

Você sabia que praticamente todas as pessoas que cometeram suicídio apresentavam pelo menos um transtorno psiquiátrico? Pessoas com depressão, transtorno bipolar, transtornos relacionados ao uso de drogas lícitas ou ilícitas, esquizofrenia e transtorno de personalidade, fazem parte do grupo de risco;

  • Histórico pessoal:

Tentativas prévias são o principal fator de risco para o suicídio. Pessoas que já tentaram o suicídio possuem, de cinco a seis vezes mais chances de tentar novamente;

  • Ideação suicida:

Comentários que demonstram desespero, desesperança e desamparo podem ser manifestação de uma ideação suicida. Fique atento a expressões como “preferia não ter nascido”, “caso não nos encontremos de novo” ou “desejaria estar morto”, são sinais de alerta;

  • Fatores estressores crônicos e recentes:

Eventos, como separação conjugal, migração ou perda de uma pessoa próxima, além daqueles que levem prejuízo econômico e social, como falência e perda do emprego, também estão associados ao surgimento de pensamentos suicidas

  • Organizar detalhes e fazer despedidas:

Atentem-se a comportamentos que sugiram uma preparação para o suicídio, como mensagens de despedida nas mídias sociais, testamentos, doação de posses importantes, acúmulo de comprimidos ou ligações incomuns dizendo adeus, por exemplo;

  • Acesso a armas de fogo, locais elevados, medicações em grande quantidade, podem aumentar as chances de que uma eventual tentativa ou o próprio suicídio sejam efetivados;
  • Impulsividade:

Por mais que tenha sido planejado o suicídio, muitas vezes é impulsionado por eventos negativos e esta impulsividade pode ser acentuada com o uso de substâncias;

  • Eventos adversos na infância e na adolescência:

Maus tratos, abusos físicos, sexuais ou psicológicos, falta de apoio social, entre outros eventos, estão associados a um maior risco;

  • Motivos aparentes ou ocultos:

Algumas pessoas com pensamentos suicidas podem considerar a morte como uma válvula de escape para o que lhes aflige. Fique atento a comentários, como “encontrar descanso” ou “final mais rápido para meus sofrimentos”;

  • Presença de outras doenças:

Doenças crônicas, incluindo as em fase terminal, também são fatores de risco para o suicídio. O acompanhamento da saúde mental para pacientes crônicos é fundamental.

Mês de prevenção ao suicídio. É preciso agir para evitar!